"As queimadas que se espalham pelo País somadas à estiagem estão diminuído reservatórios naturais, rios e córregos. No Pantanal de Mato Grosso, a Baía de Chacororé – terceiro maior reservatório de água doce do Brasil – registra o mais baixo nível em 38 anos. Em Rio Branco, o Rio Acre, principal manancial de abastecimento da capital, está com só 1,90 metro. O recorde, em 2005, é de 1,75 metro.
Como a estiagem na região amazônica se encerra apenas em meados de outubro, ambientalistas acreditam que o quadro deve se agravar. Para Mato Grosso, onde não chove há mais de cem dias, a previsão é de chuvas apenas na segunda quinzena de setembro. Ontem, as queimadas deixaram parte do Acre e Rondônia sem energia elétrica, após o foco atingir o linhão entre Jaru e Vilhena (RO). O número de focos tem crescido a cada dia. O Instituto de Meio Ambiente do Acre emitiu em 24 horas 73 autos por desmates e queimas ilegais. O Estado não registra chuvas há 23 dias. A fumaça que encobriu o pico da Serra da Bodoquena denunciou o incêndio que há três dias consome a Terra Indígena Kadiwéu, em Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. A região é de difícil acesso".
(no Estadão)